terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Irresponsabilidade da APM...

...gera a periculosidade para o TPA!!!

Ontem (30/01/2012) no período da madrugada, os estivadores tiveram que subir em seis containers de alto para soltar as sapatas (castanhas) e possibilitar a descarga.

Como as varas (sticks) não alcançam nessa altura, os trabalhadores são colocados em uma cesta e içados pelo guindaste para fazer o serviço, só que para isso são necessárias várias medidas de segurança.

Na primeira tentativa DESASTRADA da APM, colocaram uma cesta presa por apenas UM cabo, ou seja, segurança zero e TPAs balançando dentro de uma cesta a mais de 20 metros de altura... sem cinto de segurança, sem os quatro pontos da cesta presos ao spread, sem os macacos prendendo a cesta...



Depois de ver a M que fez, a APM mandou colocar a cesta maior, com os cintos, presa nos quatro pontos e tudo mais... então a pergunta é? PRA QUE colocar a vida dos trabalhadores em risco em primeiro lugar, para depois fazer o certo???


São as lambanças de uma empresa irresponsável e que vende a imagem de que TUDO que acontece de ruim dentro do porto, é culpa do trabalhador portuário avulso.

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Periculosidade e Insalubridade

Existem decisões judiciais dizendo que os trabalhadores portuários não tem direito a aposentadoria especial, pois nosso trabalho não tem periculosidade (risco de morte) ou insalubridade (risco a saúde).

Um ditado antigo diz que "contra fatos não há argumentos", pois bem, o TPA (Trabalhador Portuário Avulso) trabalha constantemente em perigo, em praticamente todas as operações estamos do lado de containers "tank" com substâncias corrosivas, tóxicas ou inflamáveis... e isso é só UM dos perigos, pois temos vários que vamos denunciando aqui com o passar do tempo.

Em outubro passado (2011) tivemos um vazamento de uma substância a bordo que colocou seis trabalhadores no pronto socorro do hospital Marieta, 12 horas depois o cheiro ainda era muito forte no navio e a empresa Ecosorb (responsável pela limpeza) fez uma maquiagem e afirmou que o produto não era tóxico, na maior cara de pau.

Mas temos uma ferramenta chamada "celular" que bate foto e filma e, como falei, contra fatos não há argumentos.
(fotos de um container "tank" na área de operação - 29/01/2012)

Basta apenas uma sapata (castanha que trava o container) cair em cima de um "tank" desses para um vazamento acontecer "na cara" dos trabalhadores, ou mesmo o guindasteiro bater com o "spread".
(vídeo 29/01/2012)


sábado, 28 de janeiro de 2012

IDC


Aconteceu essa semana o encontro do IDC (International Dockworkers Council - Conselho Internacional de Trabalhadores Portuários) no Rio de Janeiro.

A Estiva de Itajaí teve alguns representantes que, infelizmente, não tiveram o apoio da atual diretoria do Sindicato e foram com o dinheiro do bolso, entre eles Sandro Vargas e Ricardo Maurino.

O IDC já impõe respeito aos armadores e operadores portuários do mundo inteiro, pois está cada vez mais próximo de uma ferramenta importante na manutenção de mão de obra e salários dos portuários, que é a paralisação mundial, ou seja, a possibilidade de parar todos os portos do mundo caso algum porto filiado esteja sofrendo nas mãos gananciosas dos "patrões".

Essa realidade é bem possível, já que a alguns anos atrás o Brasil inteiro parou em várias ocasiões.

A APM por exemplo, tem um histórico de greves pelos portos do mundo inteiro, todas motivadas pela diminuição de mão de obra, extinção de cargos e diminuição de salários.

O maior problema hoje do portuário é o "vínculo", os operadores portuários querem usar da lei para se beneficiar na tentativa de acabar com os sindicatos, contratando os trabalhadores avulsos com salários mais baixos e funções inexistentes na lei... e essa é uma bandeira do IDC, lutar contra o vínculo.

Lembrando que todo dinheiro "economizado" em cima dos salários dos portuários, é mandado para o exterior, e nossos ganhos gastamos aqui, em nossa cidade, em nosso comércio.

A atual diretoria da Estiva de Itajaí não quer saber de filiação com o IDC ou mesmo com a Federação Nacional dos Estivadores por falta de apoio em ações do passado, mas a maioria dos TPA's pensam que é preciso estar filiado para COBRAR as ações necessárias desses órgãos.

A UNIÃO FAZ A FORÇA, e é preciso cobrar de dentro pra fora.
Sandro Vargas - Estiva de Itajaí